
Durante décadas, legisladores, economistas e a mídia repetiram uma narrativa simples: quando as taxas hipotecárias caem, a procura por habitação aumenta; quando as taxas sobem, a procura por habitação diminui. É uma história que parece intuitiva e, por causa dessa simplicidade, moldou a forma como tanto Wall Street quanto a população em geral entendem os ciclos habitacionais.
Mas a realidade é muito mais complicada. Na verdade, as evidências que chegam do mercado imobiliário hoje sugerem o oposto do que a narrativa dominante quer fazer acreditar. As taxas hipotecárias caíram para os níveis mais baixos em cerca de um ano, mas as condições em todo o setor habitacional — desde licenças até o sentimento dos construtores — continuam a piorar.
O insight crítico é este: as taxas de juro não impulsionam o mercado imobiliário — empregos, rendimentos e condições macroeconómicas é que o fazem. Quando a economia desacelera, as taxas hipotecárias seguem os rendimentos dos Treasuries para baixo, não por magia do banco central, mas porque os investidores procuram segurança. E esse ambiente — de crescimento em desaceleração e desemprego em alta — é o último onde esperaríamos que novos compradores de casas aparecessem.
Este post irá analisar as evidências,
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